27.4.07

Ativismo!? De quê? Para quê?


No domingo, dia 22, fui ao culto, com minha noiva, pela manhã e recebemos uma palavra doce porém forte sobre o que é SER Igreja.

O verdadeiro sentido de SER Igreja é ser COMUNIDADE, e não apenas reuniões, confraternizações e blá blá blá. Deus nos chama para algo mais intenso, profundo e até provocador para os dias de hoje, Deus nos chama para que cumpramos com o verdadeiro sentido da palavra Igreja (eclésia), reunião dos salvos; ou seja, compartilhar, relacionar, intimidade, comunhão, amizade, sinceridade, honestidade, cumplicidade e o essencial para que tudo isso seja verdadeiro; AMOR.

Hoje as igrejas estão sofrendo de uma crise aguda, porque criamos programas, reuniões, shows, eventos, propósitos, coisas passageiras, deixamos de nos preocupar com pessoas e passamos a olhar as “estatísticas”, tudo passa pelo crivo dos números.

E o interessante (e aterrador) é que essa crise de hoje é exatamente o oposto do que vemos no Livro dos Atos dos Apóstolos, por exemplo, o texto diz que as “pessoas tinham tudo em comum”, “ninguém se julgava superior a outrem”, e os que “haviam de ser salvos juntavam-se diariamente”, mas qual a “GRANDE FÓRMULA” que eles usavam, ou “modelo de crescimento de igreja”? NENHUMA, apenas tinha “todas as coisas em comum”, e oravam de casa em casa... Que simplicidade!!!! Tão simples que nos parece “surreal”....

O reflexo de tudo isso, números, está em nossa sociedade... Tudo é numero, tantos nasceram, tantos morreram, a bolsa subiu tantos pontos, tudo é número... e com isso a sociedade, ou melhor, as pessoas não se relacionam, não criam vínculo, não são amigas umas das outras, não estão “nem aí” pra seu próximo é o famoso “cuida do seu que cuido do que é meu”.. Isso só mostra o quanto nos tornamos insípidos e sem luz...

Por que digo isso? Ao voltar para casa no metrô, duas meninas estavam conversando sobre um acidente que estavam envolvidas, onde um jovem motociclista veio a falecer, o que me chocou foi a frieza com que elas comentaram o ocorrido e como haviam mentido para os oficias de polícia, pois o motorista do carro em que estavam, literalmente, atropelou o jovem ao fazer uma conversão proibida, comentaram isso com tal frieza como um jornal fala do próximo capítulo da novela... A Vida perdeu seu sentido, as pessoas estão mortas, nos sentimentos, nas relações pessoais e principalmente, mortas em seus peados e delitos...

Não fazemos diferença, confesso que chorei, perdi perdão a Deus naquele momento, porque, qual a diferença que tenho feito? Onde está a melhora da sociedade, tão pregada na década passada, hoje somos mais de 40 milhões de cristãos protestantes, E o que isso tem feito de diferença na sociedade?? Que diferença tenho feito, de fato. Pouca ou nenhuma, porque meu coração e de muitos está adormecido, a sociedade está do jeito que está não por sua culpa, única e exclusivamente, mas porque a Igreja não tem feito diferença, não tomamos qualquer atitude, somos falhos em nossa conduta moral e ética, batemos com orgulho no peito e anunciamos aos 4 ventos nossa “cristandade”, confesso que sou alguém que erra, que vascila, que as vezes estou adormecido para algumas coisas, mas não posso mais viver assim...

Deus me chamou para fazer diferença, não me prometeu holofotes por isso, pelo contrario, ele disse, afirmou na verdade, que seríamos perseguidos, caluniados, difamados por amor de seu Nome.

Preciso confessar meu erro, egoísmo, pequenez e amortecimento.

“ Senhor, tem misericórdia de mim, tira do meu coração a arrogância, o desprezo pelo semelhante, o egoísmo e sobre tudo, não permita que eu me torne morno, alguém que não faz diferença, que é apenas mais um, não Pai, não permita que isso aconteça, se porventura isso se inicie, aviva a tua obra em mim, no meio dos anos faze-a conhecida, tira-nos de nossa zona de conforto, e nos conduza ao centro de sua vontade, para que SEU nome seja conhecido, e apenas ao TEU nome seja dado glória, louvor e honra, lembre-se de nós Pai, capacita-nos, fortalece-nos, anima-nos, em nome do seu Filho amado, Jesus O Cristo.” Amém.

A Ele toda Glória!


PS: Apenas um desabafo...

13.4.07

Happy Feet e Eu e você, tudo a ver!




Quando assisti o desenho animado Happy Feet, fiquei impressionado com a qualidade do filme. Inicialmente me chamou muito a atenção os princípios que o filme deseja passar, amizade, amor, perseverança, persistência.

Dias atrás assisti de novo e me deparei com algumas curiosidades, na verdade paralelos, com um personagem bem conhecido: Jesus!

Assim como Jesus, Mano o pingüim dançarino, se parecia com os da “sua espécie”, mas interiormente ele era em diferente (claro que ele não é Deus como Jesus), mas mesmo sedo “diferente”, ele sabia que existia um propósito para o fato de ser diferente, pelo menos ele imagina.

Mano sacrifica-se em busca de respostas, o porque dá falta de peixes, o período de provação (noite longa), ele sabia que existia uma explicação para tudo aquilo, e ele queria a resposta, para isso foi tido como morto pelo seus, porque foi atrás de seu objetivo, pagou um preço alto por isso, ficou enclausurado, longe de todos os seus amigos e de seu amor, mas nele havia algo diferente, MAIOR, e por ter encontrado a resposta, foi posto em liberdade e “volta” a vida e se encontra com os seus, com isso a “escassez” e a “noite longa” findam.

Nessa história vejo muito da história de Cristo, o Cristo das Escrituras.

Ele veio ao mundo, mas o mundo não entendeu seu propósito, porém, ele permaneceu firme, e não era “achar a resposta” para a dor, sofrimento, escassez ou “noite longa”, porque ele era a própria resposta, mas para que a “noite longa” se acabasse foi necessário sua morte, em favor dos da sua espécie, mas assim como Mano, ele volta, mas ele não apenas volta, ELE RESSUSCITA, porque nem a morte tem poder sobre ele, e quando alguém da sua espécie o reconhece como Senhor, na verdade Redentor, a festa, festa nos céus.

Assim como acontece com Jesus e com Mano o pingüim, somos discriminados, caluniados, difamados só pelo fato de sermos diferentes. Porém, nosso propósito não é ser igual a todo mundo, mas fazer a diferença, por onde quer que andemos. Deus nos chamou para algo maior, que façamos diferença na vida de um, ou de uma espécie inteira.

Seja na Antártida ou em Jerusalém, Deus nos chama para sermos assim como ele nos criou, sermos “humanos”.

Sermos a diferença nesse mundo de iguais.

Pois como a Bíblia diz, implantarmos o Reino de Deus, ser Sal e Luz no meio de uma geração corrupta e perversa.

Que sejamos “Mano” e “pequenos Cristos”, que cumpramos com nosso propósito nesse mundo!

Que Ele nos ajude nessa tarefa...

A Deus toda a Glória!

Nem 300 nem Xerxes



Fui assistir 300, de Frank Miller, ontem dia 12, o filme é excelente, história, enredo, fotografia, áudio e efeitos visuais, um bom filme sem dúvida.

Mas algumas coisas me chamaram a atenção, os espartanos e toda sua “lenda” de homens guerreiros que não se dobram a ninguém, nem mesmo ao império persa, e toda a mística em torno de Xerxes e seu império que está baseada no medo, escravidão, intimidação e dominação.

Essas duas figuras representadas por Leônidas e Xerxes são, pelo menos para mim, um retrato de nosso mundo “cristão”.

Uns querem liberdade extrema e para isso fazem o uso da razão para seu código de ética e conduta e para “ganhar” o povo, de vez em quando, usam um pouco de misticismo; outros se baseiam no seu “status” de grande rei (ou melhor, denominação) e abusam do misticismo, técnicas de intimidação, dogmas e/ou regras.

Mas o que me chama a atenção é que ambos são um fim em si mesmos, são pequenos demais se comparados ao MUNDO e ficam numa batalha “quase sangrenta”, pois querem a qualquer custo “ser o melhor”, mas se olharmos com cuidado, assim como no filme, percebemos que tal luta não leva a lugar nenhum, pois Xerxes é derrotado, mesmo não morrendo, mas o que morre é seu STATUS, porque ele não é “deus”, é apenas um homem poderoso, que precisa se esconder, e não mostrar seu medo e terror diante de sua humanidade. Por outro lado, Leônidas é morto por seu idealismo insípido, sem um propósito maior, além da sobrevivência, quase tosco e sem dúvida arrogante.

No fim das contas quem perde na vida real, não os “Leônidas” e “Xerxes”, quem perde com tudo isso é a humanidade, que continua nas trevas, enclausurada, amarrada e escrava do esquema desse mundo, onde reina o inimigo de nossas almas.

Deus nos chama não para sermos “300” ou “Xerxes” no mundo de hoje, pelo contrário, nos chama para sermos “seus servos” a fim de que a luz resplandeça nas trevas, e que o Reino de Deus, que é de geração a geração, seja implantado nessa terra.

A guerra já foi travada, e bastou apenas UM para que todo o mundo soubesse que Deus vive. Na vida real, apenas UM derramou seu sangue, Seu próprio sangue, não por força ou violência, imposição ou intimidação, mas por amor de muitos, ele SE ENTREGOU na cruz por mim e por você, para que nosso nome e VIDA sejam eternos, e desfrutarmos desses benefícios, e não apenas uma lenda.

Nem 300 nem Xerxes, a morte de apenas UM foi necessário, mas ele não apenas Morreu, mas ressuscitou e vivo e está!

Que ele nos ajude...

A Deus toda Glória!