Há alguns dias assisti “Crônicas de Nárnia: Príncipe Caspian”. Um excelente filme, mais uma vez a Disney conseguiu retratar com precisão o universo de Nárnia criado por C.S. Lewis, toda a “aura” narniana retratada e como pude perceber o cristianismo de Lewis ficou evidente também.
Algumas cenas do filme me marcaram bastante, e quero compartilhar algumas reflexões...
A primeira aparição dos reis de Nárnia é graças a uma briga de Pedro, o mais velho deles, um adolescente que em Nárnia chegou a ser adulto (pra quem não se lembra a ultima cena de do primeiro filme, são os reis já adultos em Nárnia) e na Londres “real” se porta como se fosse adulto, mas é apenas um adolescente, fica claro nessa longa cena que Pedro se tornou, arrogante, insensível e “tirano”, com tirano quero dizer alguém que impõe seu modo de viver e apenas “dá ordens”, isso fica ainda mais transparente quando já em Nárnia, ele apresenta-se para um Narniano como Pedro, o Magnífico, fica claro que ele ficou obcecado pelo poder e conforme o filme passa e sua insensatez pelo poder mata vários narnianos.
A lição que tiro destas cenas é que sem Aslam, ou seja, Jesus Cristo, o poder invariavelmente corrompe; tanto em Nárnia ou no mundo real, porque nos 2 mundos somos nós mesmos sempre; nos tornamos fracos, egoístas e isso sempre causará sofrimento a nós e aqueles que nos cercam, que confiam em nós.
Logo após a grande cena da morte dos narnianos, no castelo dos telmarinos, Pedro e Caspian estão discutindo sobre quem é o culpado pela “grande perda”, aqui fica claro que quando somos reis “sem Aslam” sempre culpamos os outros por nossas falhas não temos coragem de assumir nossos próprios erros. Quando as pessoas se tornam como Pedro, ficam insensíveis e sempre buscam uma resposta que certamente será uma resposta “racional” e que visa eximi-lo da culpa.
Enquanto Pedro é o “rei arrogante” a pequena Lucy é a “rainha da esperança”, ela sabe que Aslam é o verdadeiro rei de Nárnia ”que sem ele nada se pode fazer”.
Que belo contraste!
Susan apesar de ter sido adulta em Nárnia, permanece “como criança”, mesmo que tenham se passado mais de 100 anos em Nárnia (ou seria melhor dizer, vida cristã?), ela sabe que Nárnia é para os pequenos.
Uma imagem que me chamou muito a atenção é a cena do “templo da Mesa de Pedra”, que cena triste, quando Caspian e Pedro entram na grande sala onde está a mesa de pedra, onde Aslam se entregou pelo jovem Rei, e ressuscitou, agora é um “templo” com apenas imagens, a vida real de Aslam e dos reis de Nárnia, senhor Tumnus, a grande batalha com a Rainha do gelo, eram apenas imagens, para os narnianos eram agora apenas histórias do passado. Como isso acontecesse conosco!
Trocamos o Deus verdadeiro (Aslam) por imagens, impressões sobre Ele, trocamos o Filho Encarnado, Criador e sustentador do Universo, por imagens e memórias. Nos esquecemos que podemos e devemos nos relacionar com o que é realmente Verdadeiro, porque, por mais louco que pareça ser, Deus é real, Jesus é real e eles estão vivos, não são histórias para serem lembradas. O Nosso Redentor VIVE! Não devemos nos conformar com imagens e impressões, devemos “correr” atrás D´ele, com toda a nossa força, não podemos perder isso de vista. Deus é VIVO, está Vivo e continuará vivo. Mesmo que por um breve momento fique em silêncio, mas devemos buscá-lo.
Depois da vergonha da derrota Caspian e Pedro reconhecem que precisam da esperança de Lucy (Lucy logo no começo do filme “viu Aslam”, mas seus irmãos acharam que foi uma visão ou invenção de sua cabeça, de novo, que tolos!), e deixam que Lucy vá atrás de Aslam, nesse ultimo lugar que o tinha visto, quantos não precisam hoje deixar de lado o fato de serem adultos e se tornar como “crianças” e correr com toda sua força até Aslam?
Quantos e quantos perderam a esperança e só vêem a derrota iminente?
Mas a rainha Lucy mostra que apesar da aparente derrota final estar por perto, quando Aslam chega tudo muda, Até as árvores ganha vida.
Do que precisamos então?
Precisamos nos tornar como crianças e ter esperança, buscar Aslam no meio do bosque que o encontraram, lembrarmos de onde o vimos pela última vez e voltar, porque, certamente ele estará nos esperando.
E quando Aslam vêm a vitória é certa, tudo muda, porque Ele é o Criador, o Deus Encarnado e que nada, absolutamente nada escapa ao seu controle! Basta uma Palavra de Aslam e até “ás águas lhe obedecem” e tudo será como Ele planejou.
Como se vê no filme Aslam não tardou, os reis que não o procuraram. E isso fica claro no diálogo de Aslam e Lucy, o que aconteceu é passado, mas com Ele, Aslam, o futuro certamente será bem diferente.
E assim é a vida cristã, muitas vezes tomamos decisões quando Aslam está quieto e nos machucamos e também machucamos aqueles que amamos, mas o que Aslam (Jesus Cristo) quer é, que antes de qualquer “guerra” ou pequena decisão, que o busquemos, porque quem é o solucionador de qualquer coisa é Ele. Quando confiamos Nele a situação muda, porque entendemos seus propósito e objetivo.
Que achemos “Aslam” e que Ele nos conduza pelo caminho da esperança e com Ele somos mais que vencedores.
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