28.7.06

Revolução

Hoje li um pequeno trecho e muito interessante do livro de Brennan Maninng, O Impostor que vive em mim.

Não resisti e parei a leitura para meditar um pouco mais sobre o assunto tratado, um termo que provocou muita revolta e descontentamento em muitos, mas que revela valores e ensinamentos profundos.
Um termo bem simples, que muitas vezes passamos por ele despercebidos e não paramos para refletir o que esta de certa forma implícito.

Jesus refere-se a Deus, o Eterno, Imutável, Rei dos reis, Senhor dos Senhores, Deus Todo poderoso, como Aba, uma forma carinhosa de chamar Deus de pai, algo que para nós seria mais ou menos como Paizinho.

Jesus ao fazer uso desse termo revoluciona a forma de como ver Deus, pois Deus era alguém fora da história, num certo sentido, Ele não participava ativamente da vida das pessoas, afinal de contas, Ele é Deus, mas Jesus, muda o paradigma, muda a forma de tratar, mas eu ao meditar vi que Ele queria ensinar algumas coisas, e quero compartilhar.

Jesus ao fazer uso do termo ABA, mostra em primeiro lugar que havia RELACIONAMENTO, ou seja, Ele sabia de quem estava falando, Ele conhecia, ele era conhecido, possuía uma intimidade com Ele profunda e duradoura, porque nós não chamamos pessoas que não conhecemos de forma particular, ou com carinho e ternura. Mas Jesus faz justamente o contrário ao falar sobre Deus, ele mostra que seu relacionamento com Ele é real, que Ele conhecia e que Deus fazia parte da vida diária de Jesus. Pois eles conversavam, um ouvia o outro, parece redundante, mas eles se relacionavam. Jesus fazia isso ,como sabemos pela Bíblia, orando, Jejuando, estudando a Torá.

Jesus revolucionou sim, pois Ele usou uma palavra usada no cotidiano para mostrar o quanto Deus era especial e como era o relacionamento dele com ABA.

Ao fazer um paralelo com a figura do pai, posso entender o que ele esta querendo (nos) ensinar, eu conheço meu pai, sei quando ele está feliz, zangado, triste, preocupado, muitas vezes nos comunicamos apenas com um olhar, às vezes, não usamos sequer palavras, pois somos conhecidos, passei todos os meus anos de vida ao lado dele, ele me ensinou muitas coisas, me educou, me orientou. Assim é o pai, além do que, o relacionamento de pai e filho pressupõe alguns valores, amor, cumplicidade, lealdade, verdade, justiça, sinceridade e honestidade.

Jesus me ensina que o relacionamento com Deus é, acima de tudo, constante, duradouro, pungente, quente, a interatividade. É uma via de mão dupla, pois Deus me CONHECE e eu o CONHEÇO, pelo menos deve ser assim, e eu preciso buscar isso todo o dia, o dia todo. Ele está me ensinando, que deus não é carrancudo, ou alguém que só vê meus defeitos, NÃO Deus não é assim, Ele anima, conforta, me dá segurança, faz com que a ansiedade e desespero se dissipem, pois Ele está comigo, mesmo que não o veja por perto, sei que Ele está ali. É alguém que se preocupa, zela, que tem prazer na vida, na vida de outro que não a sua, que foi capaz de se negar, “descer ao meu nível” para que eu pudesse conhecê-lo como Ele é, para que eu possa compreendê-lo e assim me mostrar sua TERNURA, COMPAIXÃO, AMOR e SABEDORIA.

Quando vejo Jesus chamando Deus de ABA percebo algo que é fundamental, DEPENDÊNCIA, pois o pai é alguém mais experiente, mais sábio, mostra que o Pai sabe como alimentar, corrigir, animar, como demonstrar seu amor, falar e ser perfeitamente entendido. Isso mostra, que Jesus dependia única e exclusivamente de ABA, para tudo o que fosse fazer, basta me lembrar que na Bíblia diversas vezes está escrito “retirou-se para orar”, eram momentos tão especiais para ambos, tão intensos que a Bíblia relata que em um desses momentos Jesus “suou e chorou sangue”, tamanha era a importância, pois Jesus falava com o ÚNICO que o entendia totalmente, e de modo perfeito, seu Aba.

“Senhor, Aba, que eu possa aprender a me relacionar contigo, assim como meu ‘irmão’ Jesus o fez, que eu possa entender que cada momento contigo é ÚNICO e ESPECIAL, e que estar contigo é mais do que suficiente, pois sei que está no controle e falando o que devo ou não fazer”.

Que essa oração possa surtir efeito em sua vida também, meu amado e querido que acaba de ler esse texto, que nosso Paizinho querido nos ensine mais e mais, que possamos “prosseguir em conhecer nosso Pai”.

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