Acaba de chegar às locadoras do dvd´s do país, “Tron – O legado”, uma continuação do filme de 1978, o primeiro a usar hoje a tão famosa computação gráfica.
O filme atual é belíssimo, cenário, fotografia, cor, roupas, veículos, mesmo a caracterização dos personagens ficaram muito boas, sem dúvida será um concorrente ao Oscar em pelo menos uma dessas categorias.
O enredo é bem fácil de se entender, Kevin Flynn desaparece e, após 20 anos, um antigo colega de trabalho recebe uma mensagem em seu “Pager” (lembra disso?), ao que sem demora, avisa o filho de Sam, ele vai até ao velho local de trabalho do pai, e ai tudo começa. Não vou contar mais nada sobre o filme (por enquanto).
A produção do filme é feita pela Disney, odiada por muitos cristãos, e adorada no restante do mundo (pelo menos é o que muitos imaginam). Com um orçamento elevadíssimo Tron – O legado sem dúvida deixará sua marca na industria do cinema.
Mas o que mais chamou a atenção no filme foi uma fala entre Sam e a “Iso" Quorra, quando Sam lhe pergunta como conheceu seu ela diz, que estava em apuros, quando uma “mão pousou em seu ombro e ela olha para cima e vê o Criador”.
Interessante não?
A Disney é a acusada por nós cristãos, a décadas de promover diversas coisas, sabe-se comprovadamente dos casos de mensagens subliminares em seus filmes (pesquise no Google se não conhece as estórias sobre isso).
A grande questão ao ouvir e ver tal cena foi – temos uma chance de falar sobre o Criador, a partir de um filme da Disney – uma chance que não podemos desperdiçar.
Claro que o filme não uma alusão ao Deus, Abraão, Isaque e Jacó, mas numa única cena, temos o Criador e seu filho que se entrega para salvar o mundo de “tron”, temos a chance de mostrar que o Criador tinha um propósito definido para o mundo, mas que uma conspiração fez com que o pecado entra-se no mundo (no filme a busca de Clu é pelo sistema perfeito), Deus criou o “sistema” perfeito, e colocou o homem no meio dele, mas em nossa ganância de algo mais, de algo mais que perfeito jogamos tudo fora, como Sam diz no filme, a perfeição estava bem diante de mim, traduzindo para nós, tínhamos toda a perfeição revelada de Deus, tínhamos o jardim e um encontro diário com o Criador todo o dia.
Mas nossa ganância destruiu a perfeição, e uma guerra passou a ser travada nesse mundo, o desejo de Deus e nossa ganância e pra ajudar o “inimigo de nossas almas” nos empurrando para a ganância, o que vem fácil, a mentira, deturpações sem fim, uso descabido dos recursos naturais e por aí vai. Destruímos o jardim, minimizamos a criação e, hoje, estamos mais próximo do caos do que uma sociedade melhor.
Mas como voltar ao equilíbrio? O Filho.
O Filho é a exata expressão do amor de Deus, por nós e pelo mundo. O Filho é que capaz de fazer as coisas funcionarem novamente no mundo de Tron e no nosso também, Jesus é a razão do mundo não ter sido destruído, por Jesus vivemos nesse mundo, para a glória de Deus. Por ele, lutamos contra a tirania do sistema, do uso descabido dos recursos, da má distribuição de renda, pelo fim dos homicídios, pelo fim da violência contra a mulher, contra acriança e adolescente, fazemos tudo isso pelo Filho, pois esse é o seu desejo, e o desejo do Filho e do Criador são o mesmo.
Deus quer de nós algo muito simples, que aceitemos que o Filho é a razão de tudo, o divisor de águas da história do Universo, que sem Ele não podemos fazer quase nada, mas com Ele cooperamos na criação de uma sociedade melhor, menos injusta, mais humana, mais comunitária, mais dedicada ao próximo e não as coisas.
O Pai só pode ser visto através do Filho, pois a Bíblia que ninguém pode ver a Deus e continuar vivo, mas no Filho temos acesso pleno ao Pai. (João 14 e Ex 33.20)
Que eu e você possamos, reconhecer Cristo, O Filho como a exata expressão do Pai, que possamos como Quorra reconhecer que o inatingível está bem diante de nós, mas, não como no filme, mas como a Bíblia Sagrada nos diz, no Filho, que ao levantarmos nossos olhos possamos ver o Deus que se revelou, Jesus.
Que O Filho nos ajude nessa tarefa.
No amor D´aquele que nos ama antes da fundação do mundo.